sou uma tesoura recortando a paisagem a minha volta
dou um golpe, me movo milímetros e golpeio novamente
existe uma infinidade de detalhes, experimentados como um universo cheio e denso a cada suave aproximação ou movimentação da máquina óptica
sou uma tesoura recortando
adentro pelas frestas abertas em cada corte
esse movimento labiríntico me leva me leva me leva
crio séries por não conseguir me desapegar dos milímetros e suas composições geométricas
golpeio com o olhar


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