"Karenin dera à luz dois croissants e uma abelha. Olhava com espanto sua estranha prole. Os croissants ficavam quietos mas a abelha aturdida zunia sem parar, daí a pouco, desapareceu voando." (Milan Kundera, A insustentável leveza do ser)
nasci em setembro, o nono mês. tive meu começo durante o início de tudo. estou no fim de uma gestação e esperava pelo renascimento daquilo que já não é. fiquei assustada ao me ver caindo na luz, sendo coberta por ela. em mim, minha própria gestação. hoje, comemoro a vida e acendo velas que ao queimarem se juntam ao universo, quando terminam deixam indicações de caminhos com o movimento dos seus rastros de fumaça no infinito. é preciso aprender com a sabedoria das velas, observar a sabedoria do perecível e consumir com fogo algumas palavras desencarnadas para me tornar as cinzas de seus significados, me espalhando na terra e no ar daqui do meu quintal.

4 comentários:

wagner schwartz disse...

uhmmm, que delícia.
mais um blogue preu m'infurnar.

já já
faço o link no meu.

bjs
bjs

Cássia Nunes disse...

delícia é receber visita de amigos!
te adoro, w. !

wagner schwartz disse...

baby, aninha e vc precisam acionar o RSS pra que se possam receber as novas postagens no blogue.

beijinhos

danislau disse...

tad mais seu blog, cassy

adoro. pedaço da loucura q é só sua

bjo giga, tá aqui nos meus favo´s já